Tisa é um acrônimo para "Trade in services agreement" ou "Tratado de acordo em serviços". É um tratado que não trata sobre bens, mas serviços que são o coração da economia de vários países. Os interesses em jogo são enormes: o setor de serviços é o maior responsável por empregos no mundo e produz 70% do produto interno bruto mundial. Só nos Estados Unidos são responsáveis por 75% da economia e gera 80% dos trabalhos no setor privado.
Os países que atualmente estão na mesa de negociação do Tisa são: Estados Unidos, Austrlaia, Nova Zelândia, Canada, União Europeia (28 países), Suiza, Islândia, Noruega, Liechtenstein, Israel, Turquia, Taiwan, Hong Kong, Coreia do Sul, Japão, Paquistão, Panama, Peru, Paraguai, Chile, Colombia, Mexico e Costa Rica.
Pela primeira vez desde o começo das negociações, documentos estão se tornando públicos. Os textos datam do dia 14 de Abril, dia da última reunião para negociação - a próxima está sendo esperada em alguns dias: de 23 a 27 de Junho/2014 - e é um rascunho que revela as demandas das partes que estão negociando, como os Estados Unidos e a União Europeia, além de revelar as ambições e agendas de cada governo.
As primeiras páginas revelam o nível de segurança que deve ser tomado ao tratar sobre o documento. Discussões sobre o mesmo poderiam ser feitas em canais inseguros, mas o seu inteiro teor não poderia ser divulgado de jeito algum.
Parece incrivel que após a crise que tomou conta do mundio inteiro, novas regras econômicas mundiais estejam sendo negociadas em segredo. Mas há uma explicação: Tisa é o legado das negociações conduzidas pela Organização Mundial de Comêrcio (OMC) em Doha, Qatar em 2001. Negociações que desencadearam uma série de protestos a nível mundial.
É impossivel dizer com certeza quais seriam os efeitos do Tisa sem o documento final, mas pelo que foi revelado até agora mostram que o maior perigo até agora é que o Tisa visa parar as tentativas dos governos de reforçar as regras no setor financieiro.
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